“Os que lavam as mãos os fazem em uma bacia de sangue”
“Os que lavam as mãos os fazem em uma bacia de sangue”
Desde o dia em que assisti ao vídeo do Lima Duarte, uma homenagem que fez ao ator Flavio Migliaccio, ainda estou impactada pela força das palavras tão imersa em uma revolta consciente de quem sentiu na pele as injustiças de se trabalhar com cultura e de lutar por justiça.
Muito me emocionou o carinho e a humanidade com que Lima Duarte trouxe a tona coisas tão intimas e que me mostrou como somos pequenos. Junto a isso, pensei e pensei muito sobre qual marca estou deixando no mundo, como estou impactando a vida das pessoas que me cercam e qual diferença a minha existência traz para este mundo tão cruel e tão puro ao mesmo tempo.
Lima trouxe a essência mais putrefata do consumo, aquele tira a nossa consciência do que é realmente preciso, das nossas paixões e até captura a nossa alma. A política abordada da forma mais forte e mais subliminar nos mostra que os tempos não são bons, não por conta do Coronavírus, mas por conta de um mal muito pior, a falta do amor e o excesso do medo.
Obrigada Lima, mesmo que sabendo que não tenha sido essa a sua intenção, mas você me deu uma lição de vida.