A tragicomédia digital De Bar em Bar revisita o período da Nova República no Brasil

A tragicomédia digital De Bar em Bar revisita o período da Nova República no Brasil

Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc e Transa Arte e Conteúdo apresentam

No dia 14 de março, domingo, às 20h, estreia no YouTube a tragicomédia histórico-digital De Bar em Bar, com texto do premiado Rogério Corrêa (Player Playwrights/Londres). O espetáculo foi concebido para a narrativa on-line e tem direção do premiado Isaac Bernat (Prêmio Zilka Salaberry de Melhor Direção e Prêmio Botequim Cultural de Melhor Ator), que também é professor (CAL) e doutor em Teatro (UNIRIO).

A peça on-line conta com a  direção de imagem do designer, videomaker e artista gráfico Thiago Sacramento, a direção de arte de Doris Rollemberg e com a direção musical de Charles Kahn.

Serão quatro apresentações realizadas nos dias 14, 15, 21 e 22 de março, sempre no mesmo horário (20h). O elenco é composto por atores consagrados no Teatro e na TV – Letícia IsnardLéo WainerÂngela Rebello Thadeu Matos.

A nova obra foi realizada devido ao patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio do Edital da Lei Aldir Blanc RJ/Retomada Cultural. A inspiração, segundo o autor, foi a peça Kennedy’s Children, de Robert Patrick, que por sua vez inspirou Os Órfãos de Jânio, de Millôr FernandesDe Bar em Bar é uma ‘tragicomédia histórico-digital’ sobre o passado recente do Brasil. De quatro locais diferentes, quatro personagens revivem, por meio de diálogos fragmentados, o fim do regime militar no Brasil e o começo da Nova República. 

Eu quis falar desta época porque achei que existiam muitos paralelos com o momento atual. Ao relembrar o passado, na verdade, estamos falando do presente. Eu estava na universidade na época das Diretas Já, eu vivi aquele tempo,” comenta Rogério Corrêa sobre a escolha de abordar este período histórico.

Sobre o formato híbrido da performance cênica, o diretor Isaac Bernat acrescenta: “Temos um hibridismo de linguagens, é um lugar novo que não é teatro nem cinema. É um mergulho no desconhecido que traz uma agilidade e um alcance de público imensos, além de muitos desafios. A limitação que a pandemia traz despertou a criatividade e esse não é um lugar que vai ficar abandonado. Mas ele não substitui o teatro, é um outro lugar que também é muito instigante.”

Cada apresentação tem duração de 40 minutos e tradução em Libras.  Nos dias 14 e 21, logo após o espetáculo, haverá um bate-papo com convidados: no dia 14 (domingo),  o autor da peça Rogério Corrêa conversa com o professor, ator, comediante, youtuberdrag queen Guilherme Terreri/Rita Von Hunty; e no dia 21 (domingo), o diretor de imagens da peça Thiago Sacramento conversa com a multipremiada realizadora e dramaturga Marcia Zanelatto.

O projeto oferece ao público três oficinas on-line e gratuitas de dramaturgia com o autor Rogério Corrêa. Nos dias 16, 19 e 24 de março, às 17h, pelo app Zoom, ele vai explorar algumas alternativas de subversão da estrutura narrativa dramática clássica. Cada aula terá cerca de 90 minutos, com uma parte gravada (ilustrada por clips de filmes) e outra ao vivo em que o autor responderá as dúvidas dos alunos via chat. Os alunos devem se inscrever por e-mail (ver serviço a seguir).

Sinopse:

Rio de Janeiro, 23 de junho de 1996, dia do assassinato de Paulo César Farias: Em quatro locais diferentes do Rio de Janeiro, quatro personagens – um michê de sauna, uma dona de casa de classe média, um empresário e uma cantora de axé – relembram, por meio de monólogos alternados, a ‘Era Collor’ e sua influência em suas vidas. A narrativa se passa em uma época de grandes mudanças para o país: o fim da ditadura e o começo da nova república.

Autor: Rogério Corrêa

Rogério tem uma longa história nas artes dramáticas, como ator, produtor e escritor. Ele estudou dramaturgia no Brasil e no Reino Unido e fez mestrado em Roteiro na Universidade Goldsmiths, em Londres. Rogério foi assistente de coordenação no Curso de Roteiro e Dramaturgia da CAL entre 2009 e 2012.Teve peças encenadas em Londres, Mona & Eu, em 2018 e Sexo Entre Homens, em 2020. Foi finalista duas vezes no concurso de dramaturgia mais prestigiado do Brasil (Seleção Brasil em Cena), e ganhou o Prêmio Player Playwrights, em Londres, em 2018, na categoria de Melhor Peça com A Casa Que Gira

Diretor: Isaac Bernat

Tem ampla trajetória em teatro como ator e diretor em diversos espetáculos que renderam prêmios como Botequim Cultural pela atuação na peça IncêndiosFITA 2014 de Melhor Espetáculo pela peça Calango Deu Prêmio Zilka Salaberry (2014) de Melhor Direção por Lili, uma História de Circo. Entre seus trabalhos como diretor destacam-seO Encontro – Malcolm X e Martin Luther King Jr,  Por amor ao mundo – Um encontro com Hannah ArendtDeixa Clarear Calango Deu. Como ator, seus últimos trabalhos foram as peças Agosto Céus. É professor de Teatro na Faculdade CAL de Artes Cênicas,Doutor em Teatro pela UNIRIOe autor do livro Encontros com o griot Sotigui Kouyaté, publicado pela editora Pallas (2013).

Bate-papos:
Dia 14/03 
Convidado: Guilherme Terreri / Rita Von Hunty
Mediação: Rogério Corrêa 

Dia 21/03
Convidada: Marcia Zanelatto
Mediação: Thiago Sacramento 

* Os bate-papos acontecem logo após as apresentações

* E-mail de inscrição para oficina de dramaturgia: debarembarteatroonline@gmail.com

FICHA TÉCNICA 

DE BAR EM BAR
Texto e Idealização: Rogério Corrêa
Direção: Isaac Bernat
Direção de Imagens e Transmissão Ao Vivo: Thiago Sacramento
Elenco: Ângela Rebello, Léo Wainer, Letícia Isnard e Thadeu Matos
Direção de Arte: Doris Rollemberg
Direção Musical / Trilha Sonora: Charles Kahn
Projeto Gráfico: Dante
Assistente de cenografia: Maria Clara Almeida
Assistente de edição e Transmissão Ao Vivo: Joana Guimarães
Edição de Vídeos e teasers: Augusto Rodrigues
Assessoria de Imprensa: Cristiana Lobo / Círculo Comunicação
Fotos: Renato Mangolin
Produção Executiva: Renata Campos
Direção de Produção: Juliana Mattar
Realização: Transa Arte e Conteúdo
Gênero: Tragicomédia histórico-digital
Duração: 40 min (debate posterior com + 20 min)
Classificação Indicativa: 16 anos

Flavia Ferreira

Flavia Ferreira

Jornalista e viajante nas horas vagas. Sou apaixonada por conhecer novos locais e culturas, assim como por um café quentinho e uma bela taça de vinho.