Bruno Black: o artista da versatilidade

Bruno Black: o  artista da versatilidade

Por Evandro Machado

Há muito tempo conheci um escritor da periferia e conhecendo o cara a fundo, vi que ele não era só um mero escritor, mas sim um transformador  social e  cultural  homem de várias façanhas e de vários projetos; que, inclusive, já participou de muitas feiras literárias. Isso me deu vontade de trocar uma ideia com essa pessoa maravilhosa

Seu nome é Bruno Black, um artista de 39 anos que no momento não estuda , e vide de arte ,poesia e dos seus projetos culturais.

O cara é morador da Comunidade do Fumacê ,em Realengo na Zona Oeste RJ. Cara de responsa.

CEM -Quando você se interessou pela arte?

Bruno Black: Meu lema: Se tens um dom, seja!

Acho que já nasci banhado pela arte. Minha mãe, preta, era uma mulher muito culta, e na infância, melhor fase que vivi com meus pais, me levavam ao teatro, circo, primeiro shopping do RJ, faziam festas temáticas, tinha sempre música em casa nos discos de vinil. Por ai!! 

Sempre rabisquei coisas, mas – em 1995 – iniciei na poesia influenciado por um amigo de infância, Cleber Melo.

Em 1999, virei poeta  por mérito próprio e completo, acho que  faz 21 anos em 2020. 

Mas só virei artista em 2015 e tudo mudou pra melhor!

CEM – Tem alguns resultados relacionados ao seu trabalho na arte?

Sim, acho que para um poeta ainda lutando por sucesso, conquistei coisas lindas…

 Os lançamentos dos meus livros em Bienais desde 2006 no Rio de Janeiro, São Paulo e  Minas Gerais.

Prefaciei dezenas de autores independentes. Participei, também,  de centenas de feiras, programas de TV, revistas e jornais;

Tenho fãs que compram meus livros e me seguem, os Brunittos e as Brunetts, e e lancei ,em 2019, um livro na Bienal do Rio com orelha feita pela Sandra de Sá. Paramos uma rua. Tudo patrocinado pelos meus fãs! 

Lancei 8 livros, ao todo. E tenho 3 programas de tv web.

Faço uma oficina impactante: Domdomdom. Ela ajuda muito no meu orçamento. Rs…

Acabo de virar capa da maior Revista Digital da Zona Oeste do RJ – “DaRua”.

Ganhei quase 10 prêmios.

Vem 4 livros novos em 2020:

Meu novo livro Com Brunittos e Brunetts  foi lançado na Flip ( Festa Literária de Paraty) pela Editora Futurama.

Uma vez por mês faço Tour por estados do Brasil pra divulgar minha arte, assim conheci algumas cidades como: RJ, SP, PR, DF, MG, ES… 

Às vezes me vejo pensando em números de eventos produzidos por mim.

Por aí, minha vida é muito louca, positivamente dizendo…

Acho que tá bom né? Rs…

CEM -Como você vê o futuro relacionado à arte junto ao covid 19?

Então, eu sempre tive uma vida muito agitada pra conseguir organizar minha carreira com eventos quase que diários. 

Tô tirando essa aprendizagem com muita tranquilidade desde o início. Primeiro mês, parei tudo e fiquei à toa; depois continuei trabalhando muito, mesmo estando em casa. Vida continua, mas acho que as coisas vão demorar para engrenar novamente. O mundo estava muito louco, sem respeito ao próximo etc e isso parou o mundo emocionalmente e economicamente falando

CEM – E sobre o futuro?

Acho que pra muitos a arte começou a ser vista com mais respeito e afeto, mas não acredito que muita coisa irá mudar! 

Espero que os governos e os parceiros da vida ajudem mais os artistas da periferia que estão pagando um preço muito alto nessa pandemia! Ruas vazias e sem eventos, é tirar o nosso pão da mesa. 

Espero mais consciência e apoio a todos nós!

CEM -A arte na periferia é respeitada?  Qual é a sua opinião?

Então, tem dois lados! Um é ser um artista de respeito e que deseja ter um trabalho bacana e respeitoso perante as pessoas e outra é artistas que acham que fazer arte é oba oba. Antes de pensar no que os outros querem, precisamos ter firmeza no nosso legado e missão! 

“Um bom começo, te faz um ser imortal na vida das pessoas, que seja pelo afeto!”

Eu acho, que precisamos de um olhar com mais dignidade e oportunidade pra todos nós! 

Gostaria de ser respeitado como negro e favelado que necessariamente não é bandido, nem drogado e muito menos o pobre coitado. 

Moral, precisamos ser respeitados como somos, humanos! 

Falta muitoooo!!

CEM – Você tem um programa de tv no face como é isso?

Sim então o Xexelento da Peri é mais uma das muitas coisas que faço.

Esse programa reuni artistas da periferia ,além de pessoas que tem um dom mas não sabem o caminho, lá as pessoas se apresentam e tem seu espaço para mostrar seu talento

CEM -Redes sociais tem ? Mande os links para podermos acompanhar o seu trabalho.

Instagram:

@Brunoblackoficiall

Facebook: Bruno Black

CEM -Seus projetos atualmente são ?

Oficina literária de dons 

Programa Xexelento da Peri: 

Projeto literário:

Programa Webtv 

Tô com Bruno Black

CEM -Passa pra gente seus contatos?

Email: brunoblackescritor@yahoo.com.br

Zap:

(21)986618011

Obrigado pela oportunidade,

CEM – E sua mesagem aqui para o Cultura Em Movimento ?

Se tens um dom, seja!

Bruno Black.

Quer bater um papo comigo?

evandromachadoator@gmail.com

Evandro Machado

Evandro Machado

Evandro Machado ator e ativista social morador do complexo do Turano no Rio Comprido Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. Fez parte do TUERJ, estudou cinema e audiovisual na universidade Estácio de Sá e atualmente é coordenador do Espaço Cultural Fazendo Arte , ONG que fundou e na qual atua desde 1992.