Emancipação feminina no Brasil e a luta por direitos

Emancipação feminina no Brasil e a luta por direitos

Em princípios do século XIX prevalecia no Brasil a ideia de que o papel social que deveria ser assumido pela mulher era o de esposa e mãe, assim justificava-se o baixo nível de educação formal e os elevados ensinamentos sobre valores familiares ligados a preservação da família e educação dos filhos.


Essa forma das mulheres serem tratadas deu origem á imprensa feminina a partir de meados do XIX. Naquele momento, as ideias republicanas davam o tom das possibilidades de mudança da condição feminina. A constituição de 1891, nossa primeira constituição republicana, não concedeu voto às mulheres e a exclusão do processo eleitoral continuou sendo a principal marca da dominação masculina sobre as mulheres.


Apenas em 1932, no governo de Getúlio Vargas, com a promulgação do Código Eleitoral Brasileiro, foi garantido o direito de voto às mulheres, embora com restrições. Após a segunda guerra mundial, 1948, foi assinada pelo Brasil e por diversos países a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nela, os países signatários comprometiam-se a promover os direitos humanos sem distinção de raça, sexo, língua ou religião. Dessa forma a partir da década de 1950 uma série de movimentos internacionais buscavam o debate sobre a igualdade de gênero e o fim da discriminação contra a mulher. Vale destacar a Quarta Conferência Mundial da Mulher, realizada em Beijing, em 1995 onde uma das questões guias foi participação da mulher na vida política, em condições de igualdade, nos níveis de decisão econômica e nas formulações de políticas financeiras.


No Brasil a constituição de 1988 reconheceu a igualdade entre os sexos, como direito fundamental. Assim, estava garantido às mulheres o livre acesso à educação, à participação na vida política e ao emprego. Atualmente embora mais de metade da população brasileira seja composta por mulheres, a representatividade no poder público e em instâncias decisórias ainda é bastante tímida. No entanto os dados como do INEP mostram que cada vez mais cresce o número de mulheres no ensino superior, já ultrapassando o número de homens concluintes. Dessa forma em breve as mulheres vão ocupar mais postos na política a na administração. Esperamos que esses novos tempos cheguem logo!

William Martins

William Martins

William Martins é Historiador, especialista e apaixonado por Rio de Janeiro e seus divertimentos. Co-criador do Lugar de História: consultoria e projetos educacionais.